quinta-feira, 19 de abril de 2012

Relato Audax Caminhada 25 km Novo Cabrais

Participei dia 14 de abril de uma Caminhada Audax de 25 km na cidade de Novos Cabrais, RS. Era uma atividade que fazia parte das comemorações de aniversário da cidade.
Destaque desta caminhada a companhia constante de um persistente chuvisqueiro. Às vezes chuva mesmo.
Não foi a primeira vez que participei de uma caminhada longa, com tempo predeterminado. No entanto a chuva ao mesmo tempo que tornava a caminhada um pouco mais exigente, torvava-a mais atraente, instigante, desafiadora.
Mesmo com relativa experiência em caminhadas sempre há o que aprender e nesta oportunidade não foi diferente.
Sabia que estaria chovendo, até por que a previsão do tempo era acompanhada diariamente na semana anterior à caminhada (o que aqueceu as discussões no nosso grupo de atletas e fez alguns, temerosos do dilúvio que se expeculava que ocorreria, desistirem da empreitada). Isso exigiria, então, um pouco mais de atenção no planejamento.
Meias apropriadas e de ótima qualidade além de um calçado minimamente adequado (e já suficientemente “domado”) seriam indispensáveis. Era o "basicão". No meu caso esses itens fizeram uma boa diferença na chegada (pés quentes, secos e confortáveis). Roupas leves também eram indicadas, apesar de que, nesse caso, 25 km é uma distância relativamente curta. Nada de muito “profissional”, então. Tac-tel, micro-tel, tecidos dry seriam suficientes. E foram. Molharam mas não pesaram. E garantiram a temperatura corporal. A capa de chuva, bem, esse foi um capítulo à parte.
A escolha da capa de chuva dependeria do tipo de chuva que enfrentaríamos: suave, intensa, torrencial, com vento, sem, etc.. Dependia, também, da temperatura ambiente. Optei por uma capinha comprida até as canelas, de “matéria plástica”, daquelas bem “levinhas” que costumo usar quando vou ao Gigante da Beira-rio assistir a super-máquina alvi-rubra (em dia de chuva, claro!). Quase descartável. Para o fim a que se destinava mostrou-se perfeita. Mas, se era impermeável de fora para dentro, também o era de dentro para fora (agora parece óbvio, não?), e aí o suor do esforço de caminhada acabou por me encharcar. Como disse, ao menos me mantive aquecido...
Mas a grande aprendizagem foi com a mochila de alimentação-hidratação ou de hidratação-alimentação.
Eu usava uma mochila do tipo camel-bag, com reservatório de água e uma mangueirinha, para beber água sem parar ou ter que tirar a mochila das costas. Como estava chovendo, objetivando manter a mochila e os lanches no seco pus a capa de chuva por cima da mesma. Aí eu vi que não foi o ideal.
Se beber sem tirar a mochila das costas era possível, comer não era. E aí a coisa complicou...
Quando se caminha a seis quilômetros por hora, durante cinco horas, qualquer parada de dez minutos representa um atraso no planejamento ou o afastamento do pelotão de caminhantes, o que exigirá um bom esforço para alcançá-los (pude comprovar isso quando parei cinco minutos para “aguar as folhagens” e, sem querer correr ou acelerar demais o passo, levei quase dez para me integrar novamente). Já pensou, então, parar, levantar a capa (que não possuía botões) até o pescoço (e se molhar todo), tirar a mochila, pegar o alimento (descascar, desenrolar, abrir), comer e fazer o procedimento inverso? Optei por comer somente na parada planejada (no meio da caminhada, lá pelo quilômetro treze). O problema foi que, com o suor abundante, a energia começou a escassear, a taxa de glicose baixou e somente água não servia de repositor energético. A salvação da lavoura foi um pé de caqui no meio do parque Witeck...Me senti um bugio agarrado naquela árvore. Mas foi o suficiente para chegar ao ponto de parada.Link
Após a “parada principal”, alimentado e hidratado, tudo correu (caminhou) conforme o planejado, chegando-se ao termo dentro das melhores expectativas.
Foi uma ótima atividade. Diversão, descontração, exercício físico... E como sempre tudo muito bem organizado pelo Senhor Luiz Faccin Caminhante, chefe supremo das forças caminhantes de Santa Cruz do Sul, Vale do Rio Pardo e adjacências.
Outras impressões conto outra hora.
A propósito, aí vem os 50, 75 e 100 km!
Não sei não...não sei não...
Breno Moreira
http://brenopmoreira.blogspot.com.br/

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